A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL E O RISCO SISTEMÁTICO NOS PAÍSES EMERGENTES

Nome: VICTÓRYA MARIA DOS SANTOS GOMES

Data de publicação: 14/09/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIANE ROSSI MAXIMIANO REINA Orientador

Resumo: Apoiado em um arcabouço sobre a relação entre a qualidade da informação contábil e o risco
sistemático, a proposta deste estudo é analisar como a interação entre o ambiente
informacional do país e a qualidade da informação contábil está associada a sensibilidade das
empresas ao risco sistemático em países emergentes. Os dados foram coletados de empresas
não financeiras na base de dados Thomson Reuters Eikon, sendo a amostra composta por
informações de 11.586 empresas, referentes ao período de 2000 a 2021, totalizando 202.193
observações para todo o período. Os dados foram analisados por meio de regressões
multivariadas de dados em painel, realizando-se, para determinar o modelo painel a ser
utilizado (efeitos fixos, aleatórios ou POLS), testes como de Breusch-Pagan, Chow e
Hausman, que indicaram como modelo mais adequado o de dados em painel com efeitos
aleatórios. Assim, primeiro buscou-se mensurar o risco sistemático pelo coeficiente Beta e a
qualidade da informação contábil por duas métricas: Dechow e Dichev (2002) e Jones
Modificado (1991). Posteriormente, procurou-se identificar o ambiente de informação dos
países - AIP, formado por meio de um índice, usando a técnica de Análise dos Componentes
Principais – ACP. Além disso, o estudo também encontrou evidências de que variáveis que
controlam o nível da empresa, como o Endividamento e o índice de Herfindal, desempenham
um papel importante nesses mercados quando associados à exposição ao risco sistemático. Ao
analisar a interação entre o ambiente informacional do país e a qualidade da informação
contábil em relação à sensibilidade ao risco sistemático, observamos evidências de uma
relação negativa e significativa ao avaliar a qualidade da informação usando o modelo de
Dechow e Dichev (2002), bem como uma relação positiva e significativa ao usar o modelo
Jones Modificado (1991). A principal contribuição deste estudo reside na demonstração de
que a qualidade da informação contábil está associada à sensibilidade das empresas ao risco
sistemático em países emergentes. Não podemos afirmar com certeza se fatores como
melhores indicadores de governança mundial, em conjunto com a qualidade das informações
contábeis nesses países, geram expectativas no mercado que possam aumentar ou diminuir a
exposição ao risco sistemático.

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