DOUGLAS RORIZ CALIMAN
Início do curso: 12/08/2019
Produções:
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Detalhes | Data de defesa |
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AS Faces do Poder Materializadas no Planejamento Orçamentário de uma Ifes | Tese de doutorado | 04/09/2023 |
AS FACES DO PODER MATERIALIZADAS NO PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO DE UMA IFES | O objetivo do estudo é explicar de que forma as faces de poder se manifestam no processo orçamentário de uma IFES e como materializam o poder na prática. A tese do estudo estabelece que o orçamento não é apenas instrumento de racionalidade econômica, mas também de poder, pois as instituições, através de suas intervenções e relações sociais, criam um campo fértil para as relações de poder que perpassam as fronteiras instrumentais e fiscais, a medida em que desencadeiam novas políticas e novos planos. O estudo partiu da síntese sobre Poder Organizacional realizada por Fleming & Spicer (2014), avançando para os autores por eles destacados em cada face de poder. A metodologia utilizada para o estudo do caso é do tipo qualitativa e descritiva. Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, a partir de vídeos das reuniões do Conselho Universitário, das Atas dessas reuniões, dos Relatórios de Gestão, dos Relatórios de Prestação de Contas, das Notas Explicativas e Portarias. Também foi utilizada a observação não participante. Os dados oriundos foram tratados e analisados através da técnica de Análise de Conteúdo de Saldaña (2009), com o auxílio do Software de análise qualitativa MAXQDA. Os dados revelam, que a face da coerção materializa o exercício de poder no processo orçamentário através da autoridade e pressão para forçar decisões orçamentárias. A face da manipulação materializa o exercício de poder no processo orçamentário através de uma influência tendenciosa para favorecimento de interesses em detrimento de outros. A face da dominação materializa o exercício de poder no processo orçamentário através de um autoritarismo incorporado num controle significativo sobre a tomada de decisão, restringindo a participação e a influência de outros. A face da subjetivação materializa o exercício de poder no processo orçamentário através do conhecimento e das construções de discursos e ideologias, bem como à vigilância que moldam a forma que os atores institucionais percebem e aceitam as decisões orçamentárias. Como considerações finais, em primeiro lugar, a materialização do exercício de poder pela coerção é mais prevalente na existência de uma desigualdade significativa de poder entre os atores e grupos institucionais envolvidos no processo orçamentário; em segundo lugar, que a materialização do exercício de poder pela manipulação está associada algum tipo de influência política; em terceiro lugar, que a materialização do exercício de poder pela dominação se dá pela inação dos atores e grupos institucionais que estão em uma posição dominada; e por último, que a materialização do exercício de poder pela subjetivação se dá pela emoção e utilização estratégica de identidades sociais e institucionais. Portanto, o orçamento funciona como um instrumento de racionalidade política, atuando como um rearranjador de interesses |
04/09/2023 |