OS Efeitos dos Estágios do Ciclo de Vida da Firma Sobre a Maturidade Da
dívida

Nome: LEONARDO VALTER BREGONCI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/11/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANNOR DA SILVA JUNIOR Co-orientador
VAGNER ANTONIO MARQUES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZEU MARIA JUNIOR Examinador Interno
HUDSON FERNANDES AMARAL Examinador Externo
VAGNER ANTONIO MARQUES Orientador

Resumo: Este trabalho teve como objetivo analisar os efeitos dos diferentes estágios do ciclo de vida da
firma (ECVs) sobre a estrutura de capital (EC) e a maturidade da dívida (MD) das empresas
brasileiras listadas na [B]³. Embora a literatura de finanças corporativas apresente contribuições
significativas sobre teorias que predizem os determinantes das decisões de financiamento,
grande parte dos modelos testados são estáticos e, portanto, a existência de um componente
dinâmico determinístico aprofundaria o entendimento do fenômeno (Graham & Leary, 2011).
Nos últimos anos, diversos estudos têm buscado compreender o impacto dinâmico dos ECVs
sobre as decisões financeiras das firmas, todavia, pouco se sabe sobre a influência desse
componente em relação as escolhas de endividamento (Habib & Hasan, 2019). Assim sendo, é
observado que, em quanto trabalhos estrangeiros vêm investigando essa relação e reunindo
evidências sobre o fenômeno, esse debate segue sendo pouco explorado no contexto do mercado
de crédito corporativo nacional. Nesse sentido, foi proporcionado à literatura de finanças
corporativas o conhecimento da influência de um componente dinâmico sobre as decisões de
financiamento das empresas brasileiras. Para tanto, foram coletados dados contábeis e
financeiros secundários de 370 empresas brasileiras não-financeiras com papéis negociados na
[B]³ no período de 2010-2019 em periodicidade trimestral e dados macroeconômicos do mesmo
período. A análise procedeu-se por estatísticas descritivas, testes de diferença entre as médias,
matriz de correlação e regressão com dados em painel. Identificou-se que o estágio de
Crescimento afeta positivamente o Nível de Endividamento, enquanto, na transição para o
estágio de Turbulência a capacidade de tomar dívidas é restringida. Adicionalmente, o estágio
de Maturidade demonstrou efeito positivo no acesso aos recursos de longo prazo, entretanto,
verificou-se que na medida em que as empresas transitam em direção ao Declínio a maturidade
da dívida sofre reduções sucessivas na sua estrutura. As contribuições empíricas deste trabalho
são importantes para que gestores e credores saibam da importância de se considerar os ECVs
nas suas decisões, adotando políticas apropriadas para cada momento e mitigando incertezas.
Aos analistas e investidores, as considerações sobre as decisões financeiras das empresas em
cada ECV podem auxiliá-los em análises mais robustas sobre as expectativas daquele negócio.
Aos reguladores e entidades competentes, este trabalho traz informações relevantes sobre o
padrão de financiamento das empresas brasileiras, auxiliando-os no estabelecimento de
políticas creditícias apropriadas para essas empresas.

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