Relação Entre Agressividade Fiscal e o Nível de Investimento
Nome: RODOLFO FABRIZ MARCHESI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/07/2019
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| EDUARDO JOSÉ ZANOTELI | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ANTÔNIO ARTUR DE SOUZA | Examinador Externo |
| CARLOS ROBERTO VALLIM | Examinador Externo |
| EDUARDO JOSÉ ZANOTELI | Orientador |
| JOSE ELIAS FERES DE ALMEIDA | Examinador Interno |
Resumo: As práticas de agressividade fiscal, ao aumentar o fluxo de caixa da empresa, liberam recursos
para serem utilizados na manutenção das atividades operacionais da companhia. Visto isso, o
objetivo da pesquisa consiste em analisar a relação entre agressividade tributária e seus
impactos no nível de investimento das empresas. Devido à carência de estudos na área no Brasil,
constatada por pesquisa bibliométrica, o tema mostra-se relevante e pretende agregar valor à
literatura existente, ao inovar com a utilização das variáveis GaapETR e BTD, as quais foram
utilizadas como métricas de agressividade fiscal como forma de trazer maior robustez para o
estudo e a pesquisa tem utilidade tanto para a academia, quanto para reguladores, investidores
e analistas. O modelo utilizado foi adaptado do de Goldman (2016), fez-se o teste de
significância em oito regressões, através da Regressão Quantílica, com a utilização do software
Stata. A base de dados foi proveniente da plataforma Comdinheiro, constituída por empresas de
capital aberto listadas na [B]³, e as ações que tiveram movimento superior a 80% de liquidez,
uma vez que estas tendem a ter práticas de governança corporativa mais bem estabelecidas,
sendo que a investigação empírica compreendeu os anos de 2010 a 2017, e a amostra foi
formada por 247 empresas, distribuídas entre 11 setores econômicos, com um total de 1344
observações no total. A conclusão da presente dissertação é de que não houve existência de
significância entre a agressividade fiscal e o investimento, o que nos leva a rejeitar a hipótese
nula do presente estudo de que empresas que praticam a agressividade fiscal estão associadas
positivamente a um maior nível de investimento. Entretanto, aceita-se que a agressividade fiscal
está relacionada a custos não tributários, assim como com a teoria da agência e os conflitos de
interesse dentro da empresa descritos por Stein (2003), que geram problemas de risco moral e
informação assimétrica, uma vez que os resultados são consistentes com os de estudos
anteriores.
